domingo, 16 de janeiro de 2011

Alexandre O'Neill



Alexandre Vahia de Castro O'Neill de Bulhões nasceu a 19 de Dezembro de 1924, e morreu a 21 de Agosto de 1986, em Lisboa, com tudo era descendente de irlandeses. Chegou a exercer a actividade profissional de técnico publicitário sendo também um importante poeta do movimento surrealista.
Em 1943 publicou os primeiros versos num jornal de Amarante, o Flor do Tâmega, mesmo não tendo apoio da parte da família.
Por volta de 1948, cria o Grupo do Surrealista juntamente com outros, sendo directamente influenciado pelo surrealismo pretoriano. Em Abril, o Grupo retira o seu contributo da III Exposição Geral de Artes Plásticas, por recusar a censura prévia que a comissão organizadora decidiu impor.  
É no ano seguinte, ao terem lugar nas principais manifestações do surrealismo em Portugal, que Alexandre O’Neill aproveita a ocasião para criar o seu primeiro livro de colagens, chamado A Ampola Miraculosa. Desagregou-se do grupo a partir de Tempo de Fantasmas de 1951, porem na passagem pelo surrealismo marca a sua postura estética. Apesar dele se ter afastado deste movimento, contudo o seu estilo apresentava um pouco do seu surrealismo, abordando outros temas mas sempre preocupado, não em fazer-se “bonito” mas “bom e expressivo”.
Aos seus 34 anos ele é reconhecido como poeta com a edição de No Reino da Dinamarca, apesar de já ter tido experiências em jornais. No ano seguinte inicia-se como redactor de publicidade e ter um slogan convertido para o provérbio “há mar e mar, há ir e voltar”.
Quando abandona a casa dos pais casa com Noémia Delgado, de quem teve um filho com o seu nome. Deixa a sua família e vai para um bairro lisboeta, onde tem uma relação amorosa. Mais tarde casa com Teresa Gouveia de quem tem um segundo filho que nasce em 1976. Nesse mesmo ano O’Neill sofre de um ataque cardíaco.
No ano de 1980 divorcia-se indo viver sozinho, mas dois anos depois recebe pelas suas Poesias Completas o prémio da crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários. Apesar destes acontecimentos sofre de AVC que o leva à morte, mas deixa as sua proezas como os seus poemas.
OBRAS:1948 – A Ampola Miraculosa ;
            1951 – Tempo de Fantasmas ;
            1958 – No Reino da Dinamarca ;
            1960 – Abandono Vigiado ;
            1962 – Poemas com Endereço ;
            1965 – Feira Cabisbaixa ;
            1969 – De Ombro na Ombreira ;
            1972 – Entre a Cortina e a Vidraça ;
            1979 – A Saca de Orelhas ;
            1981 - As Horas Já de Números Vestidas ;
            1983 - Dezanove Poemas ;
Beatriz Simões 7ºA nº3